quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Novena de Natal

Iniciamos ontem nossa Novena de Natal, na casa de nossa amiga Goreti
O tema da novena deste ano "Deus se faz corpo neste chão", retoma a Campanha da Fraternidade, ao mesmo tempo que busca superar a "visão dualista da vida e da pessoa humana".
O subtema do 1° encontro "Eu sou o corpo", nos leva à uma associação entre o texto de Lucas da anunciação de Maria (Lc1,26-38) e a luta de Dom Erwin Kräutler, bispo da prelazia do Xingu, contra os exploradores de corpos de crianças e adolescente daquela região.
Na tentaiva de vivermos intensamente os tempos litúrgicos, a novena do Natal nos ajuda e entendermos o Advento e o que significa esta espera pela vinda de Jesus, e também à nossa conversão a cada Natal.
"Tu vens, tu vens, eu já escuto teus sinais!"

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Fim do Ano Litúrgico

Neste domingo, além de celebrarmos e dia de Cristo Rei e Dia do Leigo/a, celebramos o último domingo do ano litúrgico. Para nós, nosso ano litúrgico de 2007, ano litúrgico C, do Evangelho de Lucas, termina esta semana e, no próximo domingo, iniciaremos um novo ano litúrgico, o ano A, do Evangelho de Marcos.
O ano liturgico inicia com o período do Advento, período de espera, de vigilância, porque em breve chegará o nosso Salvador.
Em breve a Palavra se fará carne e habitará no meio de nós.
Neste período do advento, de espera, de vigilância, nos preparamos para o Natal, para a vinda de Jesus.

"Tu vens, tu vens! Eu já escuto teus sinais"

Cristo Rei

Neste último domingo do ano litúrgico, nossa Igreja celebra o Dia de Cristo Rei.
Jesus é Rei no Reino de Deus; reino de paz, justiça e amor.
A festa de Cristo Rei, uma das mais recentes de nossa liturgia, foi instituida pela Igreja pelo Papa Pio XI, em 1925, como reconhecimento da autoridade universal de Cristo, na tentativa de desaparecer as divisões entre as pessoas, classes sociais, povos e nações. Ao reconhecermos que Cristo é o Rei do universo, não teremos mais porque aceitar o poder absolutista dos impérios; a tiranina dos imperialistas.
Teologicamente, Jesus Cristo é Rei, herdeiro do Reino de Deus nosso Pai. Ao ser interpelado por Pilatos se Jesus era mesmo Rei, Jesus lhe responde "Tu o dizes que sou Rei". Em outro momento Jesus afirma que o seu Reino não era deste mundo. E, Jesus já crucificado, alivia a angústia de seu companheiro de suplício, prometendo-lhe estarem juntos em seu Reino, no Paraíso.
Neste domingo também celebramos o dia do leigo e da leiga, por que?
A opção de Jesus pelos pobres, excluídos e marginalizados, e por ser Jesus herdeiro do Reino de Deus, e por isso Rei do universo, nos torna também herdeiros desse Reino. E, se somos cristãos, nossa missão como leigos e leigas na Igreja e no mundo é a mesma missão que foi de Jesus.
Se somos herdeiros do mesmo Reino de Jesus, somos também herdeiros de sua tríplice missão, do tríplice munus de Cristo: munus sacerdotal, munus profético e munus régio.
Munus sacerdotal: assim como Jesus, nós também entregamos toda nossa vida a Deus; nosso trabalho, nossa família, nosso sofrimento, nossa alegria.
Munus profético: assim como Jesus, nós também somos profetas, nós anunciamos a Palavra de Deus e denunciamos as injustiças
Munus régio: como herdeiros de Deus, o Criador de todas as coisas, somos seus có-criadores e, por isso estamos a favor da vida; defendemos a vida sempre e nossas atitudes são atitudes de vida.
Amém!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Livro de Judite


Judite, que significa judia em hebraico, é um livro de ficção, escrito por volta de 175 aC, a fim de animar a resistência judaica e incitar o povo ao levante contra Antíoco IV, rei selêucida que reinou entre 175 e 164 aC e que, ao decretar a helenização da Judéia, provoca a revolta e resistência do povo, chefiado pelos Macabeus.

O autor de Judite reedita uma antiga história e denuncia o anseio do poder absoluto de reis que querem tomar o lugar de Deus. Estes reis, na verdade, são responsáveis pela idéia falsa do Deus vingativo e opressor do I Testamento.

Judite também faz um resgate à todas as mulheres que tiveram participação importante e fundamental em toda história da salvação.

Para analisar o livro e a personagem Judite, é muito importante que consultemos Athalya Brenner, conferencista sênior na Techinion, em Haifa, Israel e professora de Feminismo e Cristianismo na Universidade Católica de Nijimegen, Holanda, que faz uma leitura a partir do gênero, muito importante em nossos estudos bíblicos, pois a partir de 1993, um documento elaborado pela Pontifícia Comissão Bíblica, "A Interpretação da Bíblia na Igreja", reconhece que a análise bíblica sobre a ótica da mulher, não só acrescenta novos critérios de avaliação, como corrige e revela interpretações tendenciosas.

"Ester, Judite e Susana a partir de uma leitura de gênero", Athalya Brenner (organizadora)

sábado, 10 de novembro de 2007

Livro de Judite

Terminamos a leitura do Livro de Judite na casa de nossa amiga Rita de Cássia.
Nosso estudo foi muito bom, o que nos deixou muito satisfeitos
No próximo encontro, faremos uma retomada e uma análise de gênero do Livro, conforme as considerações de Athalya Brenner

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Oração da tradição hindu

Disse o Senhor:
Fixe sua mente em Mim
- o Deus Supremo em pessoa -
use a inteligência em Mim.
e em Mim você viverá.
Não tenha dúvida disso
Aquele que não inveja;
que é amigo sincero
de todos os seres vivos;
que não tem senso de posse;
que está livre de egoísmo;
que tem a mesma atitude
na tristeza e na alegria;
que está sempre satisfeito,
servindo com devoção;
quem está sempre contente
com tudo que lhe oferece;
quem está sempre ocupado
em servir com devoção
- Este me é muito querido
Que é sempre determinado
tendo a mente e o intelecto
harmonizados Comigo;
é muito querido a Mim
Aquele que não se apega
nem ao prazer nem à dor,
que não rejeita ou deseja,
renunciando igualmente
ao que agrada ou aborrece,
é muito querido a Mim
Quem age do mesmo modo
com amigos ou inimigos,
e não munda de atitude
no ostracismo ou na glória,
no sucesso ou no fracasso;
quem nunca se contamina
Quem trilha pelo caminho
do serviço em devoção
é muito querido a Mim
Cap.12 Bhagavad Gita

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Dia dos fiéis defuntos

Dia de finados
do jeito que estão,
dedico as flores?
Hicai de Bashô - poeta chinês (2000 aC)


Com ligação ao Dia de todos os Santos, aqueles que morreram na glória de Deus; o Dia dos fiéis defuntos foi instituído pela Igreja no século XI, para podermos fazer memória também aqueles que morreram na purificação e que se preparam para a visão de Deus.
O dia dos fiéis defuntos não é, portanto, um dia de luto e tristeza mas, ao contrário, um dia de esperança, porque sabemos que nossos irmãos mortos ressuscitarão em Cristo. É um dia de memória à imortalidade da alma e da vitória da vida sobre a morte.
É um dia de oração, por todos aqueles que partiram se purificando, e que, se encontrarão com Cristo ao final desta purificação.

fonte:

Secretariado Nacional de Liturgia

Dia de todos os santos

Desde o princípio do cristianismo que os Santos são celebrados, particularmente, os Mártires, como modelo sublime de participação no Mistério Pascal de Cristo.
O dia de todos os Santos, ajuda-nos a alimentar a esperança da vida, e vida em plenitude, pelo constante convite à vida eterna em Deus, que os santos e os mártires nos fazem com seu exemplo de vida profética.
O dia de todos os Santos, canonizados ou não, é portanto, para nós católicos, um dia de festa e memória, um dia de orações e glórias.
A liturgia deste dia traz na 1ª Leitura a presença da grande multidão de fiéis (Ap 7,2-4.9-14); na 2ª Leitura, a visão de Deus como ele é realmente (1Jo 3,1-3) e no Evangelho, a comunidade de Mateus nos convida à alegria, pois seremos recompensados com o Reino dos céus (Mt 5,1-12a)


fonte:
Agência Eclesia

Halloween

Halloween vem do termo all hallow's eve, que significa: véspera do dia de todos os santos.
Mas, apesar do nome, as raízes do halloween vêm de muito tempo atrás, muitos anos antes do cristianismo
Os celtas utilizavam o calendário lunar e dividiam o ano em 2 estações: os meses do verão (claros) e os meses do inverno (escuros). Assim o ano terminava ao final dos meses de verão e, na última lua cheia mais próxima do dia 1º de novembro, celebravam o Samhain, (em homenagem ao deus da luz Lug), o início do ano novo celta.
Simbolizando a morte do ano velho, todo fogo era apagado e, no primeiro dia do ano novo, eram acesas fogueiras e lareiras das casas celtas, pois acreditavam serem as fogueiras sagradas que espantavam os maus espíritos (esta é, provavelmente, a origem das fogueiras juninas no Brasil).
Os celtas acreditavam que nesta festa de Samhain, uma porta entre o humano e o sobrenatural era aberta e espíritos, bons e maus, vagavam pela terra. As almas retornavam aos seus antigos lares e as famílias as esperavam com comidas e bebidas, na esperança de acalmá-las e afastar mau agouro.
Como barreiras entre os dois mundos eram derrubadas, os celtas acreditavam que os humanos também passavam para o mundo dos espíritos.
Com muita festança, comida e bebida, abandonavam todas as inibições, desconsiderando e invertendo valores.
Também faziam previsões do futuro e adivinhações.
Um dos instrumentos adivinhatórios era o ritual de pegar uma maçã de dentro de uma vazilha com água, com a boca e, na marca deixada pelos dentes na maçã, as pessoas viam seu futuro.
Este ritual adivinhatório ainda é usado como uma brincadeira de halloween
Hoje, quando as crianças no halloween brincam trocando doces por travessuras, estão perpetuando estes antigos rituais celtas e suas cerimônias sagradas e, simbolicamente, trocam o mundo vizível com o invizível.
No Brasil, apesar de não ser uma festa culturalmente nossa, os cursos de inglês iniciaram esta prática no meio de nossos jovens e crianças e hoje, o halloween vem ganhando força e encobrindo cada vez mais nossas festas católicas do "dia de todos os santos" e do " dia de finados"
fontes:
ACI digital - controvérsia
br.geosites.com